Publicação independente,  Vida de escritor

Um pouco da minha trajetória escrevendo meu primeiro livro

Já se perguntou quantas histórias permanecem escondidas nas gavetas dos escritores?

Sempre gostei de escrever, mas nunca pensei em publicar. No entanto, chegou um momento em minha vida em que acreditei que talvez tivesse algo a expressar ao mundo por meio da minha escrita. Minha primeira tentativa de escrever um livro não foi bem-sucedida. Comecei com uma ideia, mas mudei de direção no meio do caminho, e o resultado final não me agradou. Desisti e engavetei o projeto

Acredito que muitos autores engavetem suas obras, seja por não achá-las boas o suficiente, seja para permitir uma análise posterior sem envolvimento emocional, ou simplesmente porque não desejam que elas se tornem públicas. Assim como um bom vinho, a escrita se beneficia de pausas e revisitas cuidadosas.

No entanto, surgiu uma nova ideia: escrever sobre amizade e família, temas que permeiam todas as fases da vida humana.

Acredito que nem sempre um autor sabe avaliar quando escreve algo bom, pois há sempre um fator emocional envolvido. É curioso como, após um longo período sem ler o que foi escrito, você pode até duvidar que foi você mesmo quem o escreveu. No entanto, quando uma história nasce em sua mente, passar para o papel se torna uma necessidade irresistível. Ainda não sei se o que escrevi é bom, mas as pessoas que leram, gostaram. Isso já me deixa muito feliz.

É incrível ver a pluralidade de entendimentos sobre a história (isso prova como uma obra pode transcender o pensamento do autor), pessoas que compartilharam comigo como o livro as tocaram profundamente. Você pode ver as avaliações no site da Amazon e no Skoob. Alguns títulos das resenhas:

“mais que um livro; um livro forte; prepare o fôlego; a complexidade do ser humano ;prepare suas estruturas; intenso, profundo e dramático…”

Foi assim que nasceu “Amiga Insana”. A ideia surgiu meio pronta, ao contrário do trajeto e do título. Foram considerados muitos nomes até encontrar o definitivo. Eu brincava que, se não existisse o filme, o livro deveria se chamar Minha malvada favorita.

Como leitora, sempre tive curiosidade em saber se um livro é ou não autobiográfico. Adianto que este não é o caso. Por isso, quando escrevo, gosto de ter uma trilha sonora para entrar no universo dos personagens. Algumas músicas foram ouvidas repetidas vezes durante os meses em que passei escrevendo e editando a obra.

Neste momento também descobri que precisava criar textos que levassem as pessoas me conhecerem como autora. Foi aqui que comecei a publicar alguns contos através de concursos literários.

Ao contrário do que eu pensava quando comecei a escrever, descobri que a parte mais desafiadora de publicar um livro não é apenas escrevê-lo. Passei um tempo considerável editando-o, trabalhando em todo o processo de publicação e planejando como torná-lo acessível aos leitores. No entanto, toda a jornada valeu a pena. Quem sabe um dia você encontre o meu livro e decida lê-lo. Espero que seja uma experiência gratificante e que você desfrute da leitura.