Como evitar se sentir sobrecarregado sendo um autor independente?

Quando alguém decide publicar um livro se depara com muitos desafios: dúvidas de como funciona o processo de publicar; decidir se paga pelo serviço (prestadoras de serviços que muitas vezes se denominam como editoras); fazer por si todo o processo editoral do seu livro, pagando ou não alguns serviços à parte (autopublicação); ou tentando ser lançado por uma editora tradicional.

A verdade é que todos sonham em ser lançados por uma editora tradicional (aquela que banca todo o processo editorial e o autor recebe uma porcentagem sobre o preço de venda da capa do livro, aquela editora famosa que todo mundo conhece), mas essa é uma realidade cada vez mais distante para um escritor iniciante. Então o caminho tomado por muitos é a autopublicação.

Acontece que com a liberdade de ser um autor independente, vem também uma ordem inevitável de pressão: pressão para tornar todos os seus livros os melhores possíveis, publicar seus livros de acordo com padrões profissionais e, então, fazer tudo o que puder para comercializá-los; aprender como se faz cada parte do processo editorial; como desenvolver estratégias de marketing; como não se frustrar se o livro não vende mesmo você tendo garantido um bom material.

Tem muito livro bom perdido em um oceano de publicações e muitos livros ruins que vendem bem. A diferença está em ter sido achado pelo leitor.

Se não formos cuidadosos, acabamos com uma lista infinita de tarefas, uma ansiedade constante e incômoda de que não há horas suficientes no dia. Sem contar que publicar um livro é dispendioso, mesmo decidindo fazer a maioria das coisas sozinho, há um gasto considerável e é inevitável ter preocupações quando seu investimento financeiro vai ter um retorno ou mesmo o medo de ter apenas perdido tempo e dinheiro.

Isso também pesa quando se decide lançar um próximo, porque às vezes a impressão que dá é que esse dinheiro não vai voltar, então, por que continuar investindo? Então você começa a ler e ver que seu investimento com a escrita começa a ter retorno, em média, pelo terceiro livro.

Quanto mais terei que investir? Será que vale a pena mesmo? E se der errado?

Às vezes, você precisa pesar os recursos disponíveis em relação ao que está tentando realizar. Geralmente há um meio-termo que não destruirá sua conta bancária ou sua sanidade.

Então algumas dicas que aprendi vasculhando a internet tentando aprender a lidar com essa sobrecarga.

• Continue escrevendo
• Seja gentil consigo mesmo

Continue escrevendo

• Lembre-se de sua motivação – por que você se tornou um autor independente? Cada um de nós teve um motivo, se agarre a ele e continue tentando, porque provavelmente você não se vê feliz se não escrever.
• Busque dentro da sua realidade o combustível necessário para escrever e compartilhar com outras pessoas o que você está passando. Suas frustrações e realizações podem ser uma ótima forma de alimentar postagens de blog sobre o que é ser um autor independente e pode ajudar a fazer seu marketing digital.
• Quando estiver em desespero, pense que todos nós sabemos que a melhor maneira de vender mais livros é escrever mais livros, não é?

Seja gentil consigo mesmo

• Não coloque mais pressão sobre você. Vá no seu ritmo.
• Tenha metas, mas saiba que nem sempre elas são realistas.
• Não deixe que a crítica ou desânimo te faça se sentir insuficiente. Todos estamos tentando, um dia pode dar certo.
• Se der errado, pelo menos você tentou.
• Dentro da sua disponibilidade, organize uma rotina e metas que você seja capaz de cumprir.

Se não houver disciplina, você nunca começa. Se não formos consistentes nunca terminamos.

• Tenha consolos. Todos temos os próprios métodos de lidar com a ansiedade ou com a pressão, uma das principais táticas é ter consolos emocionais. Para alguns pode significar sair, caminhar, correr; para outros pode ser comer chocolates; para outros encontrar-se com os amigos etc